Neste momento em que todo mundo está falando em crise e recessão econômica é normal que ficarmos preocupados e receosos com todo esse alvoroço.

Os micro e pequenos empresários vendo grandes organizações com problemas econômicos, em um processo de demissões em grande escala e redução de custos, pensa: “Se isso está acontecendo com empresas de bilhões de dólares, vai acontecer com a minha. Certo?

Não, necessariamente. A história está cheia de empresas de grande sucesso sendo criadas, expandindo-se e crescendo durante condições mais severas do que a que estamos enfrentando.

Com a abordagem certa, você pode fazer mais do que apenas sobreviver a uma economia em recessão. Você pode prosperar nesse cenário de instabilidade. Neste artigo vamos dar algumas dicas para que você não caia na desculpa da “economia”. Vamos lá:

 

Tratar crises econômicas como oportunidades

Você não tem o luxo de ser vítima da economia.

Se você pretende ter uma empresa que sobreviva por um longo tempo, precisa aprender a crescer tanto nos bons quanto nos maus momentos.

Tenha uma visão positiva e seja oportunista nesse momento, uma crise não é o fim do mundo e pode ser muito bem uma ótima oportunidade de crescimento. Aqui estão três grandes oportunidades escondidas em cada crise:

1. Maior visibilidade

Quando uma empresa está lutando contra a crise, um dos primeiros cortes feitos geralmente é marketing.

Se você parar para pensar, esse tipo de corte não tem nexo algum, pois como você pretende melhorar seus números se você parou de divulgar sua empresa e suas soluções. Essa redução no marketing vai fazer cada vez mais sua empresa entrar no submundo da crise.

Afinal, você precisa sair dessa fossa e vai fazer cortes justamente na parte que faz a ligação da sua empresa com o mercado, isolando-se em uma bolha pronta para afundar.

Ao contrário do que se pensa e se faz normalmente, o ideal é aumentar o investimento na sua visibilidade, para sobreviver a mudança econômica. Pense comigo, se seus concorrentes estão fechando as portas, o mercado torna-se menos concorrido e é hora de você investir em um melhor posicionamento no mercado.

2. Maior acesso a talentos

Economia em baixa é o melhor momento para investir no crescimento de sua equipe.

Como os cortes no orçamento feitos por outras empresas, são feitas algumas demissões e o mercado fica inundado de profissionais qualificados.

Como nesses períodos os empregos ficam mais escassos, você vai ser capaz de contratar funcionários talentosos por um valor menor que que em épocas em que a economia está aquecida.

3. Mais clientes no mercado

Toda a concorrência fecha as portas e sai do mercado, a sai quota de clientes fica disponível no mercado.

Nesse momento entra o primeiro item, como você continuou investindo em marketing, você pode ganhar clientes que costumavam ser da sua concorrente já extinta.

O mercado está maior do que nunca e a concorrência menor. Não deixe a crise distraí-lo e afastá-lo desse tipo de oportunidade.

4. Tudo se torna mais acessível

Não são apenas os clientes e os colaboradores de qualidade que se tornam mais acessíveis em uma recessão.

Todos os aspectos do seu negócio vão custar menos em um economia em recessão.

Isso inclui materiais de escritório e mobiliário, imóveis e até mesmo serviços baseados em assinaturas.

Para uma empresa focada na oportunidade, não há melhor momento para investir em crescimento do que quando todo mundo está focado em cortes de custos.

 

Diversificar a sua base de clientes

Nas fases iniciais da sua empresa, o foco principal deve ser a identificação de um nicho especifico de mercado. E, conforme sua empresa cresce, começa a diversificar os mercado que atende.

Se por exemplo, seu nicho principal de mercado são empresas de tecnologia e uma desaceleração súbita do mercado tecnológico afeta o mercado, você corre o risco de perder grande parte de seus clientes e ficar em uma situação nada agradável. Então para reduzir esse risco a dica é investir sempre em mercados alternativos, para ter uma válvula de escape.

Uma vez que você tem um nicho principal definido e consolidado, olhar para uns 5 ou 6 mercados diferentes é uma boa ideia. Estas novas verticais devem ser separadas de seus clientes iniciais, mas não totalmente fora da sua linha de trabalho. Você deve também conhecer e conseguir atuar com qualidade nesses mercados.

Não é necessário começar tudo do zero para tentar atingir nichos secundários, use sua experiência no mercado, ela é totalmente relevante e aplicável a essa expansão. Expandir mercados onde você tem uma vantagem competitiva, com conexões com seu nicho atual e que você tenha contatos e conhecimento sobre a mesma.

Quanto mais diversificado a sua base de clientes, menos danos você vai sentir durante as crises. Dito isso, não centralize toda sua economia e investimento somente em um nicho de mercado, diversifique.

 

Não conte com investidores

Recessões muitas vezes afetam mais as empresas financiadas por um capital de risco.

Em uma economia forte, as empresas apoiadas por investidores tem uma oferta aparentemente ilimitada de dinheiro. Se sua empresa é bancada na sua grande maioria por investidores, crises econômicas criam geralmente mudanças mais drásticas na forma que você opera.

A maior limitação que você vai encontrar é o como esses investidores vão lidar com o dinheiro. Prepare-se, pois certamente os investimentos serão menores neste período de recessão.

Então, ao invés de operar sobre a dívida, centralize suas práticas de negócios em torno de sua receita líquida. Em um mercado instável, você não pode se dar ao luxo de gastar mais do que ganha.

Use o mercado mais frio como uma oportunidade de aprender a gerir seu próprio investimento, ao invés de deixar isso na mão de terceiros.

 

Abrace uma mudança maciça

Tempos complicados, requerem coragem e não ter medo de mudar. Se você pensa em cortes de orçamento, dizendo: “Qual é a menor quantidade de mudança que podemos fazer?”. O sua empresa não vai sobreviver as dificuldades econômicas.

Empreendedores que prosperam nas crises dizem: “Se é preciso mudar, vamos mudar drasticamente. Se tivermos que fazer um corte, vamos cortar até o osso”.

Uma das decisões mais complicadas que você pode ter em momentos assim é redução de pessoal, de funcionários.

Neste caso, uma mudança drástica a se tomar é a redução bruta de pessoal. Somente ficando com cargos e pessoas indispensáveis para a continuidade do processo.

É uma decisão um tanto quanto brutal, certamente é. Mas você sendo o gestor e responsável pela empresa é quem deve tomar esse tipo de decisão. Quando se precisa fazer uma mudança, não se pode ter medo de agir. Esse receio pode levar você para o fundo poço.

 

A diferença entre crises e desastres

Saiba então que: “O estado da economia não importa muito. O que realmente importa e o que difere uma empresa que falha e de uma que tem sucesso, é a qualidade e atitudes de seus gestores”.

Em suma, a economia é apenas um dos muitos fatores que determinam seu sucesso ou fracasso de sua empresa. Você pode usá-la como desculpa para tirar sua responsabilidade ou como uma oportunidade de colocar seu negócio em um próximo nível.

O importante é que você tem que tomar decisões e comprometer-se com elas. Se você optou e viu que realmente não tem saída, o desastre é eminente, não é vergonha admitir. O ideal é encontrar a melhor maneira de finalizar esse negócio e já passar para a próxima com todo o gás.

O que não se pode fazer é deixar de tomar as decisões, adiá-las ou ter medo da mudança. Siga sempre em frente.

Mas se você está empenhada em prosperar em uma economia para baixo, começar a fazer as decisões difíceis de forma proativa. Não vai ser fácil, mas pode ser a melhor coisa que aconteceu para o seu arranque.